Forte de St. Elmo


O Forte de St. Elmo localiza-se em Valletta, na ilha de Malta.

No extremo da península de Valletla, que divide os portos naturais de Marsamxett e Grand Harbour, a sua primitiva função era a de controlar o acesso a esses dois portos.

Para a vigilância dos portos adjacentes, no extremo da península existia uma torre, sob a invocação de Santo Elmo. Com a chegada dos Cavaleiros Hospitalários, em 1533 deu-se início à ampliação e reforço deste ponto estratégico.

Quando, em 1565 o sultão Solimão, o Magnífico ordenou um grande ataque a Malta numa tentativa de exterminar a Ordem, a primitiva torre de vigia já havia sido transformada em um pequeno forte estrelado, em estilo renascentista. Naquele mesmo ano, uma poderosa armada Turca, com um efetivo estimado em quatro vezes o número de defensores da Ordem, impôs um pesado assédio à ilha, que se prolongou de Maio a Setembro, quando os atacantes foram batidos por um considerável reforço cristão vindo da Sicília.

O forte foi palco de alguns dos mais ferozes combates do cerco, tendo sido alvo de um cerrado bombardeio da artilharia Otomana a partir do vizinho monte Sceberras que lhe era padrasto, assim como de baterias postadas no extremo norte do porto Marsamextt, onde hoje se ergue o Forte Tigne. A guarnição inicial do forte era de cerca de 100 cavaleiros e 700 soldados, incluindo cerca de 400 italianos e 60 escravos de galés, armados. A guarnição podia ser reforçado por barcos, a partir dos fortes do outro lado do Grande Porto.

Durante o bombardeio deste forte, um tiro de canhão partido do Forte de Santo Ângelo cruzou o Grande Porto e atingiu o solo nas imediações da bateria Otomana. Os estilhaços decorrentes do impacto atingiram mortalmente o almirante Turgut Reis (Dragut), um dos mais qualificados comandantes Otomanos. A resistência dos defensores do forte durou mais de um mês, tendo caído em poder dos turcos a 23 de Junho. Nenhum dos cavaleiros que o defendiam sobreviveu, tendo escapado apenas nove dos defensores malteses que conseguiram nadar até ao Forte de Santo Ângelo, do outro lado do Grande Porto.

Mesmo tendo o forte sido reduzido a escombros pela artilharia Otomana, após estes terem levantado o cerco foi reocupado, reconstruído e reforçado, sendo parcialmente incorporado no baluarte do mar, quando da construção da Praça-forte de Valletta.

A partir de meados do século XX, o forte passou a abrigar a Academia de Polícia de Malta. A cruz com que a ilha foi galardoada pelo rei Jorge VI do Reino Unido durante a Segunda Guerra Mundial, em 1942, encontra-se exposta no Museu de Guerra, que ocupa parte das dependências do antigo forte.
(Fonte: Wikipédia)





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